domingo, 3 de outubro de 2010

Fotografias CED Vale do Amanhecer - Lançamento Cine Clube Itinerâncias Educativas





Memoral Atividade Cine Clube


Memorial Atividade “A TV vai a comunidade”


Atividade desenvolvida pelos estudantes do Pólo de Anápolis de Teatro: Rejane Araújo, Rodrigo Jubé e José Evangelista.


O Cinema vai a Escola ou Itinerâncias Educativas

Partindo das reflexões apontadas ao longo da disciplina, das discussões realizadas no pólo e das sugestões assinaladas ao se propor a atividade: “Por exemplo, se fosse criar um cine club em sua cidade, como o faria? O que exibiria? Haveria algum espaço para discussão sobre as impressões do filme”? Decidimos-nos pela criação do cine clube. Nesse sentido, o texto da Jaqueline Moll trouxe algumas reflexões interessantes sobre “as comunidades de aprendizagens” o que direcionou o nosso olhar para o seio da escola, procurando estabelecer uma relação entre universidade e comunidade e a troca de saberes. Outro apoio teórico importante para compreensão dessa relação foi o texto de Oberdan Dias da Silva que trata da extensão universitária e a interação com a comunidade: “A extensão universitária é, na realidade, uma forma de interação que deve existir entre a universidade e a comunidade na qual está inserida”.

Outro aspecto importante na escolha do público participante foi o fato de que o curso trata-se de uma licenciatura e é importante esse contato com a escola e sua realidade.

Após a discussão no pólo, acertamos que a participação do Rodrigo e do José Evangelista se daria por meio da web conferência. A utilização dessa ferramenta síncrona de comunicação na atividade fundamenta-se nos princípios de interatividade, de socialização e de aquisição de novos conhecimentos e aprendizagens da EAD.

Depois passamos a escolha do filme e da dinâmica da atividade. A sugestão recaiu sobre Ilha das Flores por tratar de uma temática social. Discutimos, também, a dinâmica da atividade:

· Apresentação do projeto: 5 min.

· Apresentação do pólo: 5 min

· Filme: 13 min.

· Consideração sobre os aspectos formais e técnicos do filme com Igor Federico do Cine Clube Mais Cultura do CED Vale do Amanhecer – Plan-DF.: 7 min.

· Debate com os estudantes: 15 min.

· Considerações Finais: 5 min.

Realizamos a atividade na aula do professor de História e Filosofia Leonio Matos. Tivemos que adequar o nosso cronograma à realidade da escola. As aulas são de 50 min. Realizamos a atividade com 03 turmas diferentes. Cada turma participou no seu horário.

Um dos fatos mais marcantes da atividade foi quando os estudantes se viram no ciberespaço junto com o pessoal de Anápolis e do Rodrigo em Goiânia. Destacamos a fala de um aluno: “caramba professor, a gente está conversando com o pessoal de Anápolis” Os olhos da turma brilharam com a possibilidade de interagir por meio da web conferência.

Alguns assuntos de relevância foram levantados a partir do filme:

· Desigualdade social

· Meio ambiente

· Políticas afirmativas

· Questões de ordem filosóficas e de religiosidade

· O potencial das novas tecnologias na educação.

Alguns estudantes nos agradeceram por ter propiciado essa experiência, uma vez que, “quase nenhuma atividade é pensada para o noturno”. O professor da disciplina ficou de explorar o conteúdo do filme com eles e foi sugerido que voltássemos com outro filme. Outro desdobramento: ficou combinado que realizaríamos uma oficina de edição de vídeo e de como enviar os filmes para o youtube. O professor ficou de ver a agenda e nos retornar.

A experiência foi enriquecedora e tem muito a contribuir para a formação de uma visão crítica de mundo. Além da experiência de assistir cinema, o Cine Clube Itinerâncias Educativas pretende possibilitar aos estudantes experimentar a produção e circulação dos vídeos, assim como, uma leitura critica dos filmes assistidos.

A possibilidade de assistir filmes é sedutora, mas queremos ir além: queremos oportunizar aos estudantes a experiência de produzir vídeos e fazê-los circular tornando-se assim, protagonista no processo de aprendizagem.


Lançamento Cine Clube Itinerância Educativas - Atividade de Tecnologias Contemporâneas na Escola 03 - Pólo anápolis

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Arte Postal 03


Arte Postal 02





Arte Postal

A arte postal é uma forma de expressão da arte contemporânea que floresceu a partir de 1960 e teve seu auge na década de 70 e 80. Um dos nomes ligado a esse tipo de expressão é Ray Johnson que escreveu uma carta em um envelope, usando frente e verso, expondo assim, aparentemente sua intimidade.

Essa expressão artística se baseia na troca de mensagens de cunho criativo por meio dos correios. Seu objetivo é a troca de informações, o protesto e as denuncias sociais.

http://educacao.uol.com.br/artes/arte-postal.jhtm

Algumas experiências:



verso

sábado, 11 de setembro de 2010

“O Quarto Poder” e “Muito além do Cidadão Kane”


“O Quarto Poder” e “Muito além do Cidadão Kane”

Tanto o filme “O Quarto Poder”, dirigido por Costas Graves, quanto “Além do Cidadão Kane” (1993), trazem reflexão sobre o poder paralelo da mídia e a sua influência na sociedade. Discutem o tratamento da notícia com fins mercadológicos e sensacionalistas. O filme e o documentário questionam valores éticos que são muitas vezes deixados de lado por profissionais da imprensa.

No filme, um repórter da Califórnia, interpretado por Dustin Hoffman, faz uma cobertura jornalística para um Museu de História natural. Nesse momento entra em cena, com uma arma na mão, um segurança (John Travolta) que havia sido demitido. O ex-segurança ameaça a diretora do museu na tentativa de reaver o emprego. A partir daí, o jornalista passa a manipular a opinião pública, usando o empregado demitido. De forma sensacionalista ele conduz os telespectadores a ficarem contra ou a favor do transgressor.

Já o documentário dirigido por Simon Hartog traça um paralelo entre o magnata da Impressa, Charles Kane, do filme “O Cidadão Kane” e os “donos” da Rede Globo, empresa televisiva que ganhou concessão pública em plena ditadura militar. A Globo exerce influência nos diversos âmbitos da vida brasileira, inclusive na esfera política. A manipulação e o “tratamento” da notícia dados pelos jornalistas globais sempre estiveram à serviço das corporações, em detrimento dos direitos coletivos. Questionam-se os critérios de concessões de rádio e TV que beneficiam apenas uma meia dúzia de grupos e a relação espúria que se estabelece entre o público e o privado. Para a realização do documentário foram entrevistados artistas e pessoas públicas como Chico Buarque, Brizola e o atual presidente do Brasil, Luis Inácio da Silva, entre outros.


Para finalizar: não existe a pretensa neutralidade de quem trabalha com comunicação. Uma imagem, dependendo do ângulo, pode seduzir ou causar repulsa; uma notícia pode desvirtuar a verdade pelo o que é dito ou não dito. A partir do processo de edição uma mesma fala pode conter as mais diversas conotações. Cabe, portanto, uma educação voltada para a leitura crítica das mídias nos mais diversos viés. Dessa forma, confere-se ao cidadão o direito de escolha.

Imagem: http://euquemando.wordpress.com/

http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/famecos/article/view/1978/1793

Vídeo Arte

A vídeo arte é uma expressão artística considerada de vanguarda, que tem a tecnologia do vídeo como veículo de sua materialização. A partir de 1960, vários artistas passaram a se dedicar a essa modalidade que, de forma interdisciplinar, passeia pelos campos das Artes Visuais, Música, Teatro, Literatura e Dança. Um dos pioneiros da vídeo arte Nam June Paik realizou em 1963, a “Expositon of Music – Eletric Television”, onde combinou 12 aparelhos de TV preparados com 4 pianos e toda uma parafernália associada as TICs. A exposição contava, também, com a cabeça de um boi recém abatido.

Aqui no Brasil temos vários nomes associados a vídeo arte. Destaco "A Cela", vídeo produzido em Santa Catarina por Nassau de Souza. O trabalho traz questões filosóficas sobre a condição do homem contemporâneo.

http://www.youtube.com/watch?v=Olqb4ubnUpI

http://uab.unb.br/moodle/file.php/857/site/textos/Video_arte.pdf

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Memorial: atividade de curso - fotonovela.

Procurei na internet programas para produção de fotonovelas. Consegui baixar baixar um programa, mas era bastante limitado e com os textos em inglês. Resolvi tentar no word. Escrevi o roteiro e fotografei as cadelinhas. Algumas fotografias já tinha em meus arquivos. Levei as fotos ao paint e diminui o tamanho. Montei as imagens e escrevi o texto. O que deu trabalho foi o sinal indicativo das falas nos balões. No final, transformei em arquivo PDF e em imagem no paint e dessa forma foi possível publicar no blog.


Para visualizar a história clicar nas imagens, abaixo:



sábado, 4 de setembro de 2010

O Show de Truman – O show da Vida



Filme produzido em 1998 nos EUA, com a direção Peter Weir. Retrata a vida de Truman em um mundo fictício, trazendo reflexões sobre a influência dos meios de comunicação de massa e o poder de escolha.
Truman Burbaak, interpretado por Jim Carrey, vive em uma cidade paradisíaca chamada Seaheaven. Ele é vendedor de seguros e tudo parece bem. A cidade não sofre das mazelas sociais das demais cidades. Chega a ser asséptica e com tudo funcionando perfeitamente. O que rompe com essa harmonia é a sensação que o protagonista sente de que alguma coisa não se encaixa. A partir daí ele parte em busca de respostas. A cidade é fictícia: um mundo dentro do mundo, uma criação cinematográfica para um reality show. Todos os demais personagens são atores e sua vida é expiada por milhares de telespectadores ávidos por novidades.

Destacam-se no filme três grupos de personagens: Truman e os habitantes da cidade fictícia, o diretor e sua equipe técnica responsáveis pela produção do programa e os telespectadores que assistem vitrificados as peripécias do protagonista.

O fenômeno dos realitys shows deve ser analisado no contexto sócio-cultural e econômico de uma sociedade marcadamente capitalista. Os participantes são movidos pelo desejo de “ser alguém”, ter fama ou por motivos financeiros. Nesse sentido, se estabelece uma relação de concordância entre quem participa e quem assiste a esses programas. No caso de Truman, não existe um acordo, pois ele participa desse espetáculo desde que era bebê e não tem consciência de que é manipulado. Há uma transgressão ética por parte da produção.

No romance “1984” de George Orwell, o Estado controla todos os aspectos da vida dos cidadãos, como em um grande reality show; no caso de Truman, o diretor assume esse papel de controle representando os meios de comunicação de massa e os seus interesses. Há objetivos conflitantes no filme: Truman quer ter o poder de escolha sobre os seus atos, o diretor quer vender o programa e satisfazer aos patrocinadores. Tudo no filme é comercializado, o merchandising funciona perfeitamente.

Ao analisar o filme, observamos um processo de metalinguagem: a TV dentro da TV. Truman e os personagens da cidade são assistidos pelos telespectadores no filme e nós assistimos a ação que desenrola para os três grupos de personagens.

Por fim, Truman encontra as respostas que buscava e vai de encontro a um mundo desconhecido com a certeza que pôde fazer essa escolha.

http://www.revistacinetica.com.br/cep/ilana_feldman.pdf
http://ncowie.wordpress.com/2010/05/02/the-truman-show-one-of-the-10-most-prophetic-sci-fi-films/

Novela Ana Raio e Zé Trovão: uma análise crítica


A novela Ana Raio e Zé Trovão foi escrita por Marcos Caruso e Rita Buzzar e exibida pela extinta TV Manchete em 1990. O SBT está reprisando uma versão condensada em 150 capítulos, tornando-a mais ágil e coesa.

A trama conta a história de uma peoa, órfã de mãe, nascida no sul do país e que foi estuprada aos treze anos por um capataz de nome Cangerê. A protagonista (Ana Raio), interpretada por Ingra Liberato, fica grávida de uma menina chamada Maria Lua. Canjerê que havia sido acusado por roubo pelo pai da Ana, rapta a criança e desaparece.

Treze anos depois, Ana Raio trabalha em uma caravana de rodeios e percorre o país afora em busca da filha. Nesse ambiente de festas de peão e rodeios, a protagonista conhece Zé Trovão (Almir Sater), peão da companhia de Dolores Estrada (Tâmara Taxman) e os dois iniciam uma relação amorosa.
Normalmente as novelas atingem o público feminino, mas nesse caso, por trazer uma narrativa derivada do gênero western agrada também o público masculino.
A novela é uma superprodução que foge do formato das novelas globais e do eixo-Rio-São Paulo ao percorrer o Brasil. O cenário é o país com sua beleza e culturas diversas.

Apesar dessas inovações, a novela mantém o formato de folhetim com intrigas, amores que se concretizam apenas nos últimos capítulos e um apelo comercial que reforça certos estereótipos. O merchandising está relacionado ao estilo country/sertanejo que vende produtos da indústria cultural, vinculados às festas de peão de boiadeiros e ao universo country importados da cultura norte-americana. Faz parte desse universo as vestimentas, o modo de vida das pessoas, as músicas, o modo de falar (jargões relacionados aos rodeios), entre outros, o que acaba influenciando, principalmente, as pessoas mais ligadas ao meio rural.

Em geral, as novelas não se preocupam em refletir sobre conceitos relacionados ao respeito e à dignidade humana. Estão mais interessados em vender determinados valores que alimentam uma rentável indústria cultural e conseqüentemente, mercadorias. Mesmo as novelas da Rede Globo que “pretensamente” apresentam questões sociais importantes para a sociedade brasileira, o faz sem um maior aprofundamento dessas questões, criado modismos que se dissipam com o final da novela. No caso, a novela Ana Raio e Zé Trovão não foge à regra. Mesmo a proposta de mostrar “um Brasil que ninguém conhece” acaba ofuscada pelas tramas amorosas e as intrigas típicas desse folhetim.

Um aspecto que chama atenção na novela são as personagens femininas: mulheres fortes, em pé de igualdade com os homens e que lutam por aquilo que acreditam. Destaca-se também, a música de Almir Sater e Marcus Viana. Por fim, outro ponto interessante é a questão étnico-racial: apesar de um elenco de maioria branca, a novela traz um dos primeiros relacionamentos inter-raciais da teledramaturgia brasileira.

Reescrevendo a história: seria interessante condensar ainda mais a trama, dar ênfase a diversidade cultural brasileira, já que a proposta é mostrar o Brasil e abordar uma temática mais comprometida com as mudanças sociais. É evidente, que na medida em que esta análise da novela está restrita à apenas alguns capítulos assistidos, o conhecimento sobre o folhetim não é pleno e a visão pode-se se alterar com o desenrolar da trama.

BORELLI, Silvia. TELENOVELAS BRASILEIRAS: territórios de ficcionalidade: universalidades e segmentação. PUC. São Paulo.

meutonal.wordpress.com

domingo, 22 de agosto de 2010

Programa Pânico na TV: uma análise crítica


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Pânico na TV

O Programa Pânico na TV produzido pela Rede TV, inicialmente veiculado no Rádio e depois transformado em programa televisivo, destina-se a um público jovem e que têm na sua maioria a TV e o rádio como únicas fontes de referência artístico/culturais. O programa sofre influência dos realitys shows no sentido em que se imiscuem na vida privada, buscando o sensacionalismo. Apresenta o politicamente incorreto: machismo, exibicionismo, homofobia, forte apelo sexual, racismo e explora o grotesco como forma de entretenimento. A mulher é vista apenas como um objeto do desejo masculino e não são pouco as vezes em que são colocadas em posição degradante.

Do ponto de vista de valores éticos, de respeito à dignidade humana, da diversidade ética e sexual, o Pânico vai à contra mão das conquistas de grupos que lutam contra o preconceito e a discriminação. Os seus criadores veiculam um discurso de inovação e criatividade, no entanto, do ponto de vista dos conteúdos veiculados não trazem nada de novo. Não se propõe a reflexão desses conteúdos e tão pouco a transformação social, apenas reforçam de forma explícita, preconceitos arraigados no ser humano.

Imbuído com um discurso transgressor, o programa reforça a discriminação contra as ditas “minorias” e de forma degradante explora brincadeiras invasivas e de flagrante desrespeito que legitimam os estereótipos.

O Programa exibe um forte apelo comercial que se materializa nas propagandas e merchandising muitas vezes classificados como apelativos. O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) tem se posicionado com relação a essa publicidade.
Em 2002 foi criada a campanha “Quem financia a baixaria é contra a cidadania”, visando à promoção do respeito aos direitos e a dignidade do ser humano nos programas televisivos. Essa campanha recebeu, no ano passado, inúmeras denúncias de cidadãos que acusavam o programa Pânico na TV de veicular conteúdos de forte apelo sexual, incitação à violência contra as minorias, desrespeito à dignidade humana e horário inadequado para menores.

A TV brasileira se coloca contra a criação de um observatório da mídia e de um marco regulatório. O discurso das emissoras de TV, rádios e jornais é que essa fiscalização é uma forma de censura. No entanto, se sentem à vontade para oferecer à população uma visão única, revestida com discurso novo e de flagrante desrespeito à dignidade humana. Nesse sentido, o caminho mais fácil é responsabilizar as pessoas que consome tais programas, ao invés de se fazer análise conjuntural que chame à responsabilidade de todos os setores da vida brasileira, e dessa forma, propor uma nova maneira de se fazer entretenimento e porque não também de educar?

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