Este blog foi criado para a disciplina de Tecnologias Contemporâneas na Escola - Curso de Teatro UAB/UnB. Tem como objetivo promover a pesquisa e a discussão sobre a relação das novas tecnologias com a sociedade, a educação e a arte.
sábado, 4 de setembro de 2010
O Show de Truman – O show da Vida
Filme produzido em 1998 nos EUA, com a direção Peter Weir. Retrata a vida de Truman em um mundo fictício, trazendo reflexões sobre a influência dos meios de comunicação de massa e o poder de escolha.
Truman Burbaak, interpretado por Jim Carrey, vive em uma cidade paradisíaca chamada Seaheaven. Ele é vendedor de seguros e tudo parece bem. A cidade não sofre das mazelas sociais das demais cidades. Chega a ser asséptica e com tudo funcionando perfeitamente. O que rompe com essa harmonia é a sensação que o protagonista sente de que alguma coisa não se encaixa. A partir daí ele parte em busca de respostas. A cidade é fictícia: um mundo dentro do mundo, uma criação cinematográfica para um reality show. Todos os demais personagens são atores e sua vida é expiada por milhares de telespectadores ávidos por novidades.
Destacam-se no filme três grupos de personagens: Truman e os habitantes da cidade fictícia, o diretor e sua equipe técnica responsáveis pela produção do programa e os telespectadores que assistem vitrificados as peripécias do protagonista.
O fenômeno dos realitys shows deve ser analisado no contexto sócio-cultural e econômico de uma sociedade marcadamente capitalista. Os participantes são movidos pelo desejo de “ser alguém”, ter fama ou por motivos financeiros. Nesse sentido, se estabelece uma relação de concordância entre quem participa e quem assiste a esses programas. No caso de Truman, não existe um acordo, pois ele participa desse espetáculo desde que era bebê e não tem consciência de que é manipulado. Há uma transgressão ética por parte da produção.
No romance “1984” de George Orwell, o Estado controla todos os aspectos da vida dos cidadãos, como em um grande reality show; no caso de Truman, o diretor assume esse papel de controle representando os meios de comunicação de massa e os seus interesses. Há objetivos conflitantes no filme: Truman quer ter o poder de escolha sobre os seus atos, o diretor quer vender o programa e satisfazer aos patrocinadores. Tudo no filme é comercializado, o merchandising funciona perfeitamente.
Ao analisar o filme, observamos um processo de metalinguagem: a TV dentro da TV. Truman e os personagens da cidade são assistidos pelos telespectadores no filme e nós assistimos a ação que desenrola para os três grupos de personagens.
Por fim, Truman encontra as respostas que buscava e vai de encontro a um mundo desconhecido com a certeza que pôde fazer essa escolha.
http://www.revistacinetica.com.br/cep/ilana_feldman.pdf
http://ncowie.wordpress.com/2010/05/02/the-truman-show-one-of-the-10-most-prophetic-sci-fi-films/
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