Este blog foi criado para a disciplina de Tecnologias Contemporâneas na Escola - Curso de Teatro UAB/UnB. Tem como objetivo promover a pesquisa e a discussão sobre a relação das novas tecnologias com a sociedade, a educação e a arte.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Hiperpalco - atividade 09
Temos na contemporaneidade um novo desafio: como o teatro pode ocupar esse espaço virtual, explorando as possibilidades de interatividade e de conectividade próprio desse território virtualizado? No contexto atual, a virtualidade implica em novos conceitos de espaço – desterritorializado-, e de tempo. Para Pierre Lèvy “o virtual usa novos espaços e novas velocidades, sempre problematizando e reinventando o mundo" (Lèvy, 1997:24).
As transformações sociais advindas das novas tecnologias digitais tomam conta de todos os setores da sociedade e nas artes cênicas não poderia ser diferente. Diante dessa realidade, cabe propor um novo espaço e formato voltados para dramaturgia contemporânea: o hiperpalco e o hiperdrama.
Não podemos pensar em uma dramaturgia virtual sem analisar e explorar as características da linguagem da hipermídia: construir cenas passíveis de interatividade, onde o público tenha possibilidade de editá-las, descentralizando a figura do diretor/autor. Outro aspecto que tem que se levar em consideração é a fragmentação da narrativa, em virtude da construção de textos interconectados por links, permitindo ao internauta escolher como navegar. No ciberespaço o usuário pode abrir várias janelas ao mesmo tempo, criando diversos universos comunicacionais. Na cibercultura, é necessário saber lidar com essa multiplicidade simultânea.
O hiperdrama deve lançar mão das características da linguagem hipermidiática na construção de performances, contemplando uma estética da simultaneidade de ações e abrindo um espaço ilimitado de possibilidades expressivas na dramaturgia contemporânea.
LÉVY, Pierre. O Que é o Virtual, Editora 34, São Paulo SP (1997)
NÓBREGA, Christus - Hiperpalco
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Palco Virtual
A possibilidade de interagir com pessoas de todo mundo e de assistir um espetáculo em tempo real em sua casa... Ao mesmo tempo o prazer de ir ao teatro, encontrar pessoas conhecidas, abraçar... Enfim, são linguagens artísticas e vivências diferentes, no entanto, uma não exclui a outra, pelo contrário, ambas tem o seu valor para fruição estética e ampliação de nossa visão de mundo.
Minha primeira experiência com o Ustream.
http://www.ustream.tv/channel/d%C3%A1-inveja-n%C3%A3o-d%C3%A1-inveja
domingo, 20 de setembro de 2009
Arte Digital
A pintura de Di Cavalcanti, datada do ano de 1925, se dá em um momento em que o samba começava a se firmar. O caminho percorrido pela obra “Samba Pop” marca a trajetória do samba até os dias atuais. Expressa a popularização dessa manifestação artística e cultural e a apropriação das escolas de samba e do carnaval pela lógica do mercado.
O trabalho busca agregar elementos da cultura pop dos anos 60, que expunha uma visão irônica da cultura de massa. Foram utilizados programas de criação e edição de imagem como ferramentas para a produção da obra “Samba Pop”. É um esforço de nos remeter aos dias atuais, onde a contemporaneidade abre espaço para novas linguagens e ao mesmo tempo, possibilita a crítica da transformação da arte e das manifestações culturais em mercadorias.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Planejamento de Aula: O Teatro Elizabethano e suas relações com a obra de Shakespeare.
Período: 07/09 a 11/09/2009
Publico alvo: 3º ano do segundo grau
Objetivo geral:
Utilizar as Tics para a construção de conhecimento em Teatro, tendo como foco o Teatro Elizabethano e Shakespeare.
Objetivos Específicos:
1. Conhecer o Teatro Elizabethano, estabelecendo relações com a obra de Shakespeare, por meio de pesquisa e de visita virtual ao The Globe, além de vídeos sobre o tema no youtube;
2. Identificar elementos shakespearianos por meio da pesquisa e visita virtual ao The Globe;
Apreciar o trabalho artístico dos atores do The Globe que atuam nas obras de Shakespeare;
3. Apreciar o trabalho artístico dos atores do The Globe que atuam nas obras de Shakespeare.
Metodologia:
A partir de visita aos sites de referências:
1. Contextualizar historicamente o Teatro Elizabethano, analisando seu desenvolvimento e estrutura;
2. Realizar um trabalho de apreciação estética por meio dos vídeos postados no youtube sobre o trabalho de Shakespeare;
3. Promover a discussão sobre o tema com os estudantes;
4. Avaliação do processo e da participação dos estudantes.
Recursos materiais: Sala, cadeiras, computadores, internet, datashow e telão.
Segunda-feira
Conhecer e contextualizar historicamente o Teatro Elizabethano (The Globe)
1. Realizar pesquisa e tour virtual no site do The Globe (http://www.shakespeares-globe.org/), visitando todos os links;
2. Pesquisar vídeos no youtube sobre o tema. Indicações: http://www.youtube.com/watch?v=62Nx9LaZqA0, http://www.youtube.com/watch?v=ptgEU91cUzI, http://www.youtube.com/watch?v=A_-ZewV28GY
3. Realizar anotações com as conclusões sobre o tema.
Quarta-feira
1. Contextualizar historicamente e estabelecer relações do Teatro Elizabethano (The Globe) e Shakespeare.
2. Ver, analisar e apreciar esteticamente cenas da obras de Shekespeare apresentadas no The Globe, por meio de vídeos do youtube.
3. Realizar pesquisa e tour virtual no site do The Globe (http://www.shakespeares-globe.org/), visitando todos os links;
4. Pesquisar vídeos no youtube. Indicações:
http://www.youtube.com/watch?v=YWdTyIRemcE (Trabalhos do Amor Perdido), http://www.youtube.com/watch?v=bzVyqiskpMk (Romeu e Julieta), http://www.youtube.com/watch?v=yBSmuTIozbs (Romeu e Julieta, cena do balcão), http://www.youtube.com/watch?v=-YDu9Bo9XSU (Sonhos de uma Noite de Verão), http://www.youtube.com/watch?v=0g5AsV2GpsM (Sonhos de uma Noite de Verão).
5. Realizar anotações com as conclusões sobre o tema.
Sexta-feira
1. Contextualizar os trabalho dos atores no The Globe e suas experiências com as obras de Shakespeare ali encenadas.
2. Ver, analisar e apreciar esteticamente cenas da obras de Shekespeare apresentadas no The Globe, por meio de vídeos do youtube.
3. Realizar pesquisa e tour virtual no site do The Globe (http://www.shakespeares-globe.org/), especialmente o link (http://www.globe-education.org/discovery-space/adopt-an-actor) ;
4. pesquisar vídeos no youtube. Indicações: http://www.youtube.com/watch?v=YWdTyIRemcE (Trabalhos do Amor Perdido), http://www.youtube.com/watch?v=bzVyqiskpMk (Romeu e Julieta), http://www.youtube.com/watch?v=yBSmuTIozbs (Romeu e Julieta, cena do balcão), http://www.youtube.com/watch?v=-YDu9Bo9XSU (Sonhos de uma Noite de Verão), http://www.youtube.com/watch?v=0g5AsV2GpsM (Sonhos de uma Noite de Verão).
5. Realizar anotações com as conclusões sobre o tema.
Data: 02 de setembro de 2009
sábado, 5 de setembro de 2009
Resenha - Arte-Educação no Brasil: Realidade Hoje e Expectativas Futuras
Naquele momento não havia capacitação em nível superior em Arte-Educação e o governo federal resolveu criar curso para professores da área. No entanto, esses cursos pretendiam preparar profissionais para trabalhar com as mais diversas linguagens artísticas em apenas dois anos. A formação ficava comprometida e o professor terminava o curso com uma visão simplista sobre os procedimentos teórico-metodológicos, fato constatado pela autora em pesquisa em 1983: “identificação da criatividade como espontaneidade não é surpreendente porque é uma compreensão de senso comum da criatividade.” Todos os professores entrevistados apontavam o desenvolvimento da criatividade como objetivo principal das suas aulas. A criatividade estava relacionada à autoliberação, a espontaneidade e originalidade. No contexto político em que se encontrava o país é compreensível a identificação da criatividade com autoliberação, uma vez que, estávamos no fim do regime militar que censurava a liberdade de expressão individual.
A visão que permeava as aulas de artes estava centrada na visão dos conteúdos baseados no laissez faire e no preconceito contra a utilização de imagens na sala de aula. Com isso, as escolas, não valorizam o processo de avaliação em artes - que era vista como atividade e não como disciplina. A apreciação estética e a história da arte não eram trabalhadas. As poucas imagens que circulavam pela sala era as do livro didático, que por sinal eram de qualidade duvidosa e a dos desenhos dos próprios estudantes ou professores. Visitas às exposições e museus eram raras e na maioria dos casos os estudantes não tinham acesso a revistas e a referência vinha dos desenhos da TV.
Os anos oitentas foram identificados como a década da crítica sobre o ensino das artes e a busca de solução para os problemas identificados. A constituição de 1988 trouxe avanços significativos em vários campos sociais. No que se refere à educação, a constituição determinou “liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e disseminar pensamento arte e conhecimento”. O avanço nas áreas de Artes foi uma conquista dos arte-educadores que pressionaram os políticos responsáveis pela apresentação das linhas mestres da Nova Constituição. Cabe aqui ressaltar, a politização desses profissionais e a luta em busca de políticas educacionais para a área e a sua trajetória de organização e posicionamento para impedir a manipulação governamental da disciplina.
A autora ressalta que no final da década de 80 os arte-educadores se encontravam “com um uma atuação bastante ativa e consciente, mas com uma formação fraca e superficial no que diz respeito ao conhecimento de arte-educação e de arte”. Alguns cursos de atualização para os professores de artes foram financiados pelo governo no período pós-ditadura e o pioneiro foi o Festival de Campos de Jordão. Esse evento foi o primeiro a fazer uma associação entre análise da obra de arte com história da arte e o com o fazer artístico. Vários outros cursos de atualização na área foram oferecidos com o intuito de se pensar as artes na escola.
Aos pouco a visão sobre arte-educação como área de conhecimento vai sendo reconhecida e o seu potencial como transmissor de valores estéticos e culturais. A proposta triangular que valoriza leitura e contextualização das obras de artes e a produção artística, ganha espaço nas escolas. No entanto, ainda temos muito que caminhar: ainda vemos profissionais trabalhando de forma descontextualizada da realidade, professores de outras áreas atuando como arte-educadores sem nunca ter lido um texto sobre o assunto e escolas que entendem que o papel das artes é a criação de “pecinhas” para datas comemorativas ou para decorar a escola. Acredito que cursos como os da UAB/UnB e projetos como o Prolicen[2] podem melhorar a qualidade do ensino das artes, abrindo uma nova perspectiva de valorização da disciplina.
Arte-Educação no Brasil: Realidade Hoje e Expectativas Futuras. Relato encomendado pela UNESCO à INSEA.
http://www.arteduca.unb.br/news/arteduca-2009
[1] Ana Mae Tavares Bastos Barbosa é uma educadora brasileira, pioneira em arte-educação.
[2] Programa de formação inicial para professores em exercício nas redes públicas de ensino nos anos/séries finais do Ensino Fundamental ou no Ensino Médio promovido pelo Ministério de Educação – MEC, por meio da Secretaria de Educação Básica – SEB.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Wiki: Conexão educação-ciberespaço: uma abordagem da inteligencia coletiva na prática escolar.
...O cenário educacional muda relativamente ao processo de mudança da sociedade. Desde a descoberta da escrita até a atualidade, foram várias as mutações sofridas no processo do aprender, essa mudança se faz ainda mais acentuada quando lançamos nossa ótica para o processo educacional escolar.
...Lembro-me que tive a oportunidade em ver o caderno da minha avó, feito numa moldura de quadro, onde dentro se encontrava uma pedra e era o seu único caderno. Uma pedra é o termo simbólico que uso para expressar o ritmo no movimento das informações desencadeado pelas novas tecnologias, especialmente a internet... A humanidade se depara com uma nova descoberta do fogo, uma nova dimensão é descoberta pelos navegadores deste info-mar, navegadores de nossas Arcas-de-Noé individuais com janelas que se abrem para o coletivo, neste novo dilúvio.
Na metáfora de Pierre Lévy somos agora argonautas do ciberespaço e o novo dilúvio é informacional. Neste contexto, é importante que os professores tenham conhecimento de como utilizar as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) de forma crítica e criativa, construindo espaços de aprendizagens contextualizadas. Não basta a escola ter laboratórios de informática: é fundamental que esses laboratórios tenham uma proposta pedagógica inserida no Projeto Político-Pedagógico, discutida e construída pelo coletivo. Nessa proposta, deve-se levar em consideração as especificidades da comunidade escolar, das disciplinas envolvidas e dos objetivos que se pretendem alcançar.
Considerando a proposta da Inteligência Coletiva de Pierre Lévy, penso que a construção do conhecimento dentro do espaço escolar de forma coordenada e dirigida é extremamente válida, possível e enriquecedora. Pode-se propor temas para discussão. E todos, desde a primeira classe de alfabetização e até as crianças menores poderiam participar.
...As crianças antes mesmo de aprenderem a falar corretamente, já sabem usar o controle remoto da televisão.
E nesta perspectiva de trabalhar o ciberespaço no ambiente escolar, o professor de artes pode usar como estratégias a curiosidade, a imaginação, a fantasia e o prazer de fazer. A presença da tecnologia dentro das salas de aula já se tornou uma realidade: data-shows, filmes, músicas e a própria internet invadiram as escolas sem avisar. É saudável usar os blogs em educação, as rádios escolares, a TV digital, os recursos da internet; não esquecendo o cuidado com o cyberbulling (conjunto de comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos que são adotados por um ou mais alunos contra outros colegas via blogs, Orkut, YouTube, entre outros tipos de sites) e o uso do celular em sala de aula. A tecnologia dá mais motivação para os alunos estudarem e deve ser aplicada de uma forma metodológica, do contrário, ficam limitados a uma utilização sem sentido, apenas para contemplação e uma aproximação rasteira.
...Nessa rede tecnológica, enfim, vamos criando e nos criando, identificando e transformando. Inteligência coletiva, blogue-se, link-se. O homem criou a máquina, essa deve servi-lo, e não o contrário. Contribuição para pesquisa, construção do conhecimento, em suma, educação. Lembrando, entretanto, que a sensibilidade é essencial ao desenvolvimento humano. E o pensamento crítico é o que move o mundo.
Imagem:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjJuR_SGf9T41kOgibcmHSPfQa6hoOURCFm20S99kqt39-dnSDJUUd9ksDZwYUvJebpeFqYkwWIIYvWNCHLSMyVhTbeb48YWz5KZ8KW3asmhYaX5GBF3VbkXfvwVH8B4ufvSN0JQivlkA/s320/cibercultura.bmp
sábado, 22 de agosto de 2009
Arte digital
Fractais
Existem duas categorias de fractais: os geométricos, que repetem continuamente um modelo padrão e os aleatórios, que são feitos através dos computadores.
http://marianapalmieri.wordpress.com/2009/03/31/fractals-i-love-it/
Poesia Concreta no Balaio
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Música: E Você Crê?
Novas tecnologias
Rádio, cinema e TV
O que passa no jornal
Você já está cansado de ver.
E você crê?
Novas
Novas Tecnologias
Internet- bate papo com você
Se conecta meu irmão
o grande olho tudo vê.
E você crê?
Novas
Novas Tecnologias
Mix e remix o seu cd
Direitos autorais
Discutir para valer.
E você crê?
Novas
Novas Tecnologias
Universo do saber
Compartilhar conhecimentos
Democratizar poder.
E você crê?
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Cibernética: estudo e técnica do funcionamento e controle das conexões nervosas nos organismos vivos, máquinas de calcular e dos comandos eletromagnéticos em autômatos, cérebros eletrônicos, aparelhos teleguiados etc
BalaioRecolhido de Meyer, Augusto (1959). 1
Cancioneiro Gaúcho. Porto Alegre: Editora
Texto Recolhido de Meyer, Augusto. (1959).
1
Mandei fazer um balaio
Pra guardar meu algodão;
Balaio saiu pequeno,
Não quero balaio, não.
2
Balaio, meu bem,
balaio,Balaio do coração,
Moça que não tem balaio
Bota a costura no chão.
3
Balaio, meu bem, balaio,
Balaio, peneira grossa,
Desamarra a cachorrada,
Capivara está na roça.
4
Balaio, meu bem, balaio,
Balaio do presidente;
Por causa deste balaio
Já mataram tanta gente!
5
Balaio, meu bem,
balaio,Balaio de tapeti;
Por causa deste balaio,
Me degredaram daqui.
6
Recorta, meu bem, recorta
Recorta o teu bordadinho,
Depois de bem recortado,
Guarda no teu balainho.
Cancioneiro Gaúcho. Porto Alegre: Editora