domingo, 20 de setembro de 2009

Arte Digital


Arte digital ou Arte por computador é aquela produzida em ambiente gráfico computacional. As imagens são produzidas digitalmente ou editadas. Existem diversas comunidades virtuais voltadas à divulgação da Arte Digital, entre elas, Deviantart, CGsociety e Cgarchitect. No caso desse trabalho, foram utilizados os programas Paint e Gimp e tem como base a obra “Samba” de Di Cavalcanti (1925). O samba é uma dança popular de origem negra como o lundu e o batuque. Provavelmente a palavra samba surgiu da palavra semba: umbigo em quibungo (língua de Angola).

A pintura de Di Cavalcanti, datada do ano de 1925, se dá em um momento em que o samba começava a se firmar. O caminho percorrido pela obra “Samba Pop” marca a trajetória do samba até os dias atuais. Expressa a popularização dessa manifestação artística e cultural e a apropriação das escolas de samba e do carnaval pela lógica do mercado.

O trabalho busca agregar elementos da cultura pop dos anos 60, que expunha uma visão irônica da cultura de massa. Foram utilizados programas de criação e edição de imagem como ferramentas para a produção da obra “Samba Pop”. É um esforço de nos remeter aos dias atuais, onde a contemporaneidade abre espaço para novas linguagens e ao mesmo tempo, possibilita a crítica da transformação da arte e das manifestações culturais em mercadorias.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Planejamento de Aula: O Teatro Elizabethano e suas relações com a obra de Shakespeare.

Equipe: Antônio, José Evangelista, Rejane e Rodrigo.

Período: 07/09 a 11/09/2009
Publico alvo: 3º ano do segundo grau

Objetivo geral:
Utilizar as Tics para a construção de conhecimento em Teatro, tendo como foco o Teatro Elizabethano e Shakespeare.

Objetivos Específicos:

1. Conhecer o Teatro Elizabethano, estabelecendo relações com a obra de Shakespeare, por meio de pesquisa e de visita virtual ao The Globe, além de vídeos sobre o tema no youtube;

2. Identificar elementos shakespearianos por meio da pesquisa e visita virtual ao The Globe;
Apreciar o trabalho artístico dos atores do The Globe que atuam nas obras de Shakespeare;

3. Apreciar o trabalho artístico dos atores do The Globe que atuam nas obras de Shakespeare.

Metodologia:

A partir de visita aos sites de referências:

1. Contextualizar historicamente o Teatro Elizabethano, analisando seu desenvolvimento e estrutura;

2. Realizar um trabalho de apreciação estética por meio dos vídeos postados no youtube sobre o trabalho de Shakespeare;

3. Promover a discussão sobre o tema com os estudantes;

4. Avaliação do processo e da participação dos estudantes.


Recursos materiais: Sala, cadeiras, computadores, internet, datashow e telão.


Segunda-feira

Conhecer e contextualizar historicamente o Teatro Elizabethano (The Globe)

1. Realizar pesquisa e tour virtual no site do The Globe (http://www.shakespeares-globe.org/), visitando todos os links;

2. Pesquisar vídeos no youtube sobre o tema. Indicações: http://www.youtube.com/watch?v=62Nx9LaZqA0, http://www.youtube.com/watch?v=ptgEU91cUzI, http://www.youtube.com/watch?v=A_-ZewV28GY

3. Realizar anotações com as conclusões sobre o tema.


Quarta-feira

1. Contextualizar historicamente e estabelecer relações do Teatro Elizabethano (The Globe) e Shakespeare.

2. Ver, analisar e apreciar esteticamente cenas da obras de Shekespeare apresentadas no The Globe, por meio de vídeos do youtube.


3. Realizar pesquisa e tour virtual no site do The Globe (http://www.shakespeares-globe.org/), visitando todos os links;

4. Pesquisar vídeos no youtube. Indicações:
http://www.youtube.com/watch?v=YWdTyIRemcE (Trabalhos do Amor Perdido), http://www.youtube.com/watch?v=bzVyqiskpMk (Romeu e Julieta), http://www.youtube.com/watch?v=yBSmuTIozbs (Romeu e Julieta, cena do balcão), http://www.youtube.com/watch?v=-YDu9Bo9XSU (Sonhos de uma Noite de Verão), http://www.youtube.com/watch?v=0g5AsV2GpsM (Sonhos de uma Noite de Verão).

5. Realizar anotações com as conclusões sobre o tema.



Sexta-feira

1. Contextualizar os trabalho dos atores no The Globe e suas experiências com as obras de Shakespeare ali encenadas.

2. Ver, analisar e apreciar esteticamente cenas da obras de Shekespeare apresentadas no The Globe, por meio de vídeos do youtube.

3. Realizar pesquisa e tour virtual no site do The Globe (http://www.shakespeares-globe.org/), especialmente o link (http://www.globe-education.org/discovery-space/adopt-an-actor) ;

4. pesquisar vídeos no youtube. Indicações: http://www.youtube.com/watch?v=YWdTyIRemcE (Trabalhos do Amor Perdido), http://www.youtube.com/watch?v=bzVyqiskpMk (Romeu e Julieta), http://www.youtube.com/watch?v=yBSmuTIozbs (Romeu e Julieta, cena do balcão), http://www.youtube.com/watch?v=-YDu9Bo9XSU (Sonhos de uma Noite de Verão), http://www.youtube.com/watch?v=0g5AsV2GpsM (Sonhos de uma Noite de Verão).

5. Realizar anotações com as conclusões sobre o tema.


Data: 02 de setembro de 2009











sábado, 5 de setembro de 2009

Resenha - Arte-Educação no Brasil: Realidade Hoje e Expectativas Futuras

No texto, Ana Mae,[1] faz uma análise sobre os rumos da Arte-Educação no Brasil, contextualizando as mudanças ocorridas ao longo de 17 anos (1971 a 1988). Logo no início do texto, traz elementos importantes para a compreensão de como as Artes entraram para o currículo de Ensino Fundamental (séries finais) e Médio como disciplina obrigatória. Na época o país vivia em pleno Regime militar e um acordo MEC/USAID – 1971, reformulou a educação brasileira, instituindo entre outras mudanças a obrigatoriedade das artes no currículo como forma de profissionalizar mão de obra barata para as multinacionais.

Naquele momento não havia capacitação em nível superior em Arte-Educação e o governo federal resolveu criar curso para professores da área. No entanto, esses cursos pretendiam preparar profissionais para trabalhar com as mais diversas linguagens artísticas em apenas dois anos. A formação ficava comprometida e o professor terminava o curso com uma visão simplista sobre os procedimentos teórico-metodológicos, fato constatado pela autora em pesquisa em 1983: “identificação da criatividade como espontaneidade não é surpreendente porque é uma compreensão de senso comum da criatividade.” Todos os professores entrevistados apontavam o desenvolvimento da criatividade como objetivo principal das suas aulas. A criatividade estava relacionada à autoliberação, a espontaneidade e originalidade. No contexto político em que se encontrava o país é compreensível a identificação da criatividade com autoliberação, uma vez que, estávamos no fim do regime militar que censurava a liberdade de expressão individual.

A visão que permeava as aulas de artes estava centrada na visão dos conteúdos baseados no laissez faire e no preconceito contra a utilização de imagens na sala de aula. Com isso, as escolas, não valorizam o processo de avaliação em artes - que era vista como atividade e não como disciplina. A apreciação estética e a história da arte não eram trabalhadas. As poucas imagens que circulavam pela sala era as do livro didático, que por sinal eram de qualidade duvidosa e a dos desenhos dos próprios estudantes ou professores. Visitas às exposições e museus eram raras e na maioria dos casos os estudantes não tinham acesso a revistas e a referência vinha dos desenhos da TV.

Os anos oitentas foram identificados como a década da crítica sobre o ensino das artes e a busca de solução para os problemas identificados. A constituição de 1988 trouxe avanços significativos em vários campos sociais. No que se refere à educação, a constituição determinou “liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e disseminar pensamento arte e conhecimento”. O avanço nas áreas de Artes foi uma conquista dos arte-educadores que pressionaram os políticos responsáveis pela apresentação das linhas mestres da Nova Constituição. Cabe aqui ressaltar, a politização desses profissionais e a luta em busca de políticas educacionais para a área e a sua trajetória de organização e posicionamento para impedir a manipulação governamental da disciplina.

A autora ressalta que no final da década de 80 os arte-educadores se encontravam “com um uma atuação bastante ativa e consciente, mas com uma formação fraca e superficial no que diz respeito ao conhecimento de arte-educação e de arte”. Alguns cursos de atualização para os professores de artes foram financiados pelo governo no período pós-ditadura e o pioneiro foi o Festival de Campos de Jordão. Esse evento foi o primeiro a fazer uma associação entre análise da obra de arte com história da arte e o com o fazer artístico. Vários outros cursos de atualização na área foram oferecidos com o intuito de se pensar as artes na escola.

Aos pouco a visão sobre arte-educação como área de conhecimento vai sendo reconhecida e o seu potencial como transmissor de valores estéticos e culturais. A proposta triangular que valoriza leitura e contextualização das obras de artes e a produção artística, ganha espaço nas escolas. No entanto, ainda temos muito que caminhar: ainda vemos profissionais trabalhando de forma descontextualizada da realidade, professores de outras áreas atuando como arte-educadores sem nunca ter lido um texto sobre o assunto e escolas que entendem que o papel das artes é a criação de “pecinhas” para datas comemorativas ou para decorar a escola. Acredito que cursos como os da UAB/UnB e projetos como o Prolicen[2] podem melhorar a qualidade do ensino das artes, abrindo uma nova perspectiva de valorização da disciplina.

Arte-Educação no Brasil: Realidade Hoje e Expectativas Futuras. Relato encomendado pela UNESCO à INSEA.

http://www.arteduca.unb.br/news/arteduca-2009


[1] Ana Mae Tavares Bastos Barbosa é uma educadora brasileira, pioneira em arte-educação.

[2] Programa de formação inicial para professores em exercício nas redes públicas de ensino nos anos/séries finais do Ensino Fundamental ou no Ensino Médio promovido pelo Ministério de Educação – MEC, por meio da Secretaria de Educação Básica – SEB.