Trechos:
...O cenário educacional muda relativamente ao processo de mudança da sociedade. Desde a descoberta da escrita até a atualidade, foram várias as mutações sofridas no processo do aprender, essa mudança se faz ainda mais acentuada quando lançamos nossa ótica para o processo educacional escolar.
...O cenário educacional muda relativamente ao processo de mudança da sociedade. Desde a descoberta da escrita até a atualidade, foram várias as mutações sofridas no processo do aprender, essa mudança se faz ainda mais acentuada quando lançamos nossa ótica para o processo educacional escolar.
...Lembro-me que tive a oportunidade em ver o caderno da minha avó, feito numa moldura de quadro, onde dentro se encontrava uma pedra e era o seu único caderno. Uma pedra é o termo simbólico que uso para expressar o ritmo no movimento das informações desencadeado pelas novas tecnologias, especialmente a internet... A humanidade se depara com uma nova descoberta do fogo, uma nova dimensão é descoberta pelos navegadores deste info-mar, navegadores de nossas Arcas-de-Noé individuais com janelas que se abrem para o coletivo, neste novo dilúvio.
Na metáfora de Pierre Lévy somos agora argonautas do ciberespaço e o novo dilúvio é informacional. Neste contexto, é importante que os professores tenham conhecimento de como utilizar as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) de forma crítica e criativa, construindo espaços de aprendizagens contextualizadas. Não basta a escola ter laboratórios de informática: é fundamental que esses laboratórios tenham uma proposta pedagógica inserida no Projeto Político-Pedagógico, discutida e construída pelo coletivo. Nessa proposta, deve-se levar em consideração as especificidades da comunidade escolar, das disciplinas envolvidas e dos objetivos que se pretendem alcançar.
Considerando a proposta da Inteligência Coletiva de Pierre Lévy, penso que a construção do conhecimento dentro do espaço escolar de forma coordenada e dirigida é extremamente válida, possível e enriquecedora. Pode-se propor temas para discussão. E todos, desde a primeira classe de alfabetização e até as crianças menores poderiam participar.
...As crianças antes mesmo de aprenderem a falar corretamente, já sabem usar o controle remoto da televisão.
E nesta perspectiva de trabalhar o ciberespaço no ambiente escolar, o professor de artes pode usar como estratégias a curiosidade, a imaginação, a fantasia e o prazer de fazer. A presença da tecnologia dentro das salas de aula já se tornou uma realidade: data-shows, filmes, músicas e a própria internet invadiram as escolas sem avisar. É saudável usar os blogs em educação, as rádios escolares, a TV digital, os recursos da internet; não esquecendo o cuidado com o cyberbulling (conjunto de comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos que são adotados por um ou mais alunos contra outros colegas via blogs, Orkut, YouTube, entre outros tipos de sites) e o uso do celular em sala de aula. A tecnologia dá mais motivação para os alunos estudarem e deve ser aplicada de uma forma metodológica, do contrário, ficam limitados a uma utilização sem sentido, apenas para contemplação e uma aproximação rasteira.
...Nessa rede tecnológica, enfim, vamos criando e nos criando, identificando e transformando. Inteligência coletiva, blogue-se, link-se. O homem criou a máquina, essa deve servi-lo, e não o contrário. Contribuição para pesquisa, construção do conhecimento, em suma, educação. Lembrando, entretanto, que a sensibilidade é essencial ao desenvolvimento humano. E o pensamento crítico é o que move o mundo.
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